sábado, 31 de janeiro de 2009

Águia


Andando solitária,
as penas envelhecendo e caindo,
Já não voa tão bem,
olhos atentos a procura de um alto monte
para que ela mesma possa arrancar suas penas,
bater seu bico numa pedra até que o pro pio caia,
e ficar lá sozinha, esperando o tempo certo para se reconstituir,
enquanto isso muitos irão pensar que a feia águia morreu, 
tolos, ela ira ressurgir mais bela e atractiva que nunca,
sua beleza natural.





domingo, 25 de janeiro de 2009


Estava eu na praia, em meio a meus pensamentos, sentido o vento, apreciando a beleza do mar, quando de repente...
Um homem jovem de porte atlético e óculos escuro, gritava loucamente:
Malu, Malu, Malu(...) e repetitiva mente, como se só fosse capaz de pronuciar esse nome.
Malu é a filha dele que no momento havia se perdido em meio a maresia, então deu uma pausa em seus gritos, sabiamente começou a perguntar de mesa em mesa se alguém tinha visto, uma menina magra de uns sete anos , cabelo liso curto, porem suas palavras se embaralhavam como se a visse mais tal fosse indiscritível.
Pude ver nos olhos dele o desespero que se escondia atrás daquele visor escuro, Jovem tão forte aparentemente, o vi tão frágil,  era como se perder a filha fosse perder as forças.
E andava em círculos, não a encontrava, insistida mente o tom de sua voz aumentava, a mansidão do mar lhe saia como uma agitação nas águas, como se o som delas batendo nas pedras atingisse seus ouvidos.
O silencio se fez quando ouviu um som ainda distante, da voz de uma menina que dizia: "papai" e repetia tanto quanto ele como se na verdade fosse ela que o tivesse perdido. 
E como em uma cena de novela das oito, o pai corria em direcção a filha se driblando das mesas e cadeiras no caminho, Malu paralisou por alguns instantes e seus braços abriam-se lentamente na tentativa de agarra lo com todas as forças, o homem não se contentou em vê-la, precisava toca-la,correu e enfim a tinha nos braços, as pernas de Malu abraçaram a cintura de seu pai e as mãos ainda pequenas sustentavam seus ombros, a sua boca encostada em um dos ouvidos dele, falava sem parar, seus lábios moviam-se ainda num jeito desesperador, o pai com um ar de alivio replicava todo que Malu dizia,mais agora ninguém ouvia mais nada a conversa foi só deles, e desde então é segredo.
Sentia-se protegida nos braços forte do pai, não sabendo ela que os pequeninos braços dela protegiam aquele herói.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Adorável Palhaço


Numa cidadizinha qualquer,
Estava lá naquela praça,
no mesmo banco,
o homem misterioso dos olhos azuis, pele flácida, idade avançada, sorriso contagiante.
um palhaço sem picadeiro pra actuar, lutou, e fez da rua seu melhor show,
chamava a atenção de todos com sua graça,
as crianças se encantavam,
os adolescentes riam,
e os adultos o admiravam,
seu modo de viver era tão lindo, que até quando era sínico todos pensavam que fazia parte do espetáculo, todas as tardes as pessoas iam vê-lo, ele não cobrava nada, mais alguns insistia em levar moedas, então já sabendo que iria acontecer o velhinho colocava um chapéu cartola ao lado da árvore que os protegiam do sol.
Certo dia no ultimo verão, todos os seus fãs e amadores esperavam ansiosamente sua chegada,
olhavam para esquina e imaginavam ele vindo rua a dentro esbanjando alegria, afinal estava tudo pronto só faltava o artista.
Mais desta vez ele não veio, no outro dia todos os esperavam mais também não veio, e no outro também não veio, e depois também não, e não, não, não...
Ninguém soube o paradeiro do humorista, sabe-se apenas que as coisas dele permanecem intactas no mesmo local, agora com lágrimas e uma cartola cheia de moedas.
Em suas apresentações ele fazia caras e caretas ressaltando de um modo cómico que o desejo dele era ser inesquecível.
Imortal palhaço.



domingo, 18 de janeiro de 2009

O Aborto


Sozinha,
as mãos dela sustentavam forte o ventre, 
os joelhos curvavam-se como quisessem tocar em seus seios,
silenciava os gritos para que ninguém a ouvisse,
sua face quase que perfeitamente afilada foi se deformando em traços tristes em meio a tanto dor,
seus lábios carnudos secavam, os olhos negros fechavam-se com força, os cabelos afastados da vaidade se assanhavam cada vez mais, e  o suor que parecia interminável.
Após árduos minutos, viu-se esvaindo em sangue, permaneceu emudecida em meio a agonia e a despedida de seu filho.
Quatro paredes nuas foi onde sem saber ela arrancou de si o melhor o que pode ter.
Desde então ela partiu, não levou malas afinal nada era necessário, o único peso foi a consciência, a que atormentou por muitos anos, há quem diga que a mulher já senhora com marcas visíveis da idade em seu rosto havia enlouquecido, costumavam dizer que ela ouvia alguém dizer:
" mamãe" 
mais quando olhavam não era ninguém, ela replicava:
É sim, é o menino dos olhos negros.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Coisas que eu sei...


Temos o que merecemos,
queremos o que não temos,
ninguém ama por tabela,
ironia faz parte da vida,
todo humano tem seu vicio,
as bruxas nem sempre são feias,
Bonzinhos se dão mal a novela inteira pra poder ser feliz um capitulo.
ler é cultura,
Filhos crescem,
Homens também amam,
pessoas inesquecíveis existem,
e impercebíveis também,
Envelhecemos se merecermos,
Fomos obrigados a entender que morremos,
uns surpreendentemente se vão primeiro,
outros ficam centados vendo-os parti,
saudades é indiscritível,
Atracção vem de fora,
O tal do amor vem de dentro,
romantismos esta em escasses,
chorar as vezes faz bem,
sonhar é bom,
realizar é melhor,
segredos são segredos e isso basta,
personalidade forte não esta imune a medos.
musicas marcam momentos,
Nos importamos menos com as palavras do que com a boca que as saem.
É sempre assim...
Enquanto uns nos decepciona, outros nos surpreende,
Podemos pensar certo e as palavras sairem embaralhadas,
E por mais que alguém queira nos ajudar a andar as pernas são nossas.
Só Deus pode nos carregar no colo.


A.U.G




terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Hino ao amor


Se o azul do céu escurecer E a alegria na terra fenecer Não importa, querido Viverei do nosso amor  Se tu és o sonho dos dias meus Se os meus beijos sempre foram teus Não importa, querido O amargor das dores desta vida  Um punhado de estrelas no infinito irei buscar E a teus pés esparramar Não importa os amigos, risos, crenças de castigos Quero apenas te adorar  Se o destino então nos separar Se a distante a morte te encontrar Não importa, querido Porque morrerei também  Quando enfim a vida terminar E dos sonhos nada mais restar Num milagre supremo Deus fará no céu eu te encontrar  Quando enfim a vida terminar E dos sonhos nada mais restar Num milagre supremo Deus fará no céu eu te encontrar.

(MAYSA)

sábado, 10 de janeiro de 2009

Ontem


Nos braços da minha mãe tentei me esconder do mundo, chorei, fechei os olhos e me vi em meus oito anos de idade nos mesmos braços que me protegiam do escuro.
Ela é o meu conforto, meu refúgio, minha linda vida, minha melhor amiga, ela é meu Deus em forma humana, a que eu amo, idolatro e amo.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Havia um tempo em que sonhava com ela em minhas mãos,
tão linda, tão pura, tão minha.
Minha alma enchia-se de gozo,
os meus olhos brilhavam com fé,
o coração batia acelerado,
fiquei a imaginar como seria o dia em que ela finalmente me pertence-se,
ansiava por sua chegada,
e ensaiava como iria agradecer as mão que a trouxessem,
e cada batida no portão era a chegada, 
as minhas mãos suavam sem cessar, mais ainda assim ela não vinha,
e por muitas vezes ouvi o som do portão,
mais nunca era ela.
Minha linda rosa, a que apesar de tudo ainda consigo sentir o perfume mesmo nunca tendo-a tocado.
Queria poder saber em que jardim estava, assim talvez seria mais fácil entender por que nunca a trouxeram.
Pena, 
Pois em mim ela murchou,
Agora resta em minha vasta memoria a antiga imagem da rosa mais linda das que nunca ganhei,
tão linda, tão pura, tão minha.



domingo, 4 de janeiro de 2009

A bela


Vês! a bela na calçada, 
sem desfiles nem canção
ela chora emocionada
sem pedido nem perdão,
mão na face, pés no chão,
mente fraca, corpo frágil,
uma rosa em sua mão,
nada seca suas lágrimas 
nem cessa seus pensamentos,
a sombra a acompanha,
a morte não mais a quer,
a vida a menospreza,
do que será desta mulher?