domingo, 22 de fevereiro de 2009

Que seja


Seria loucura, calar o mundo só pra ouvir tua voz,
então que seja eu insana,
Seguirei seus passos, velarei teu sono,
Serás meu guia, serei teu fado.

Seria estupidez, deixar me levar por um sentimento arrebatador,
então que seja eu a tola,
enfrentarei teus olhos,
e de vontade pro pia
ser arrastada por esse sonho encantador.

Seria drama, declarar-me aos gritos,
então que seja eu emoção,
me embriagarei de poesia
e que o vento leve até você a minha voz.

Seria viver, uma guerra constante,
então que seja eu guerreira,
viverei a lutar pelo corpo que me afaga,
pela boca que me beija.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Vôo da saudade.


O vento será meu guia,
Quando nada mais aqui prender-me
Minhas asas baterão forte, irei mais alto do que costumo ir, 
Numa ida sem volta, avistarei novos montes.
meu jardim será lembrança.
Perdoe-me a expressão:
(Piiii... Retirado por questão pessoal), odeio quando pensam por mim... 

P.S Escrito num momento estressante.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

João sempre vou te amar


Quanto tempo...

Meu velho sinto tanto a sua falta,
queria que me visse hoje, vovô eu cresci, meu cabelo esta comprido, meu corpo desenvolvendo-se, minha mesada é meu salário e meu olhar ainda é o mesmo.
Há muito tempo não vejo aquela cadeira de balanço que o senhor centava, e no seu colo eu estava deixando tempo passar.
Beijo na testa, velhos discos de vinil, retratos preto e branco, a mesa no canto da sala e um velho dominó que ainda espera alguém jogar, saudades intermináveis.
Ah! Parabéns.
Hoje o senhor faria mais uma primavera, setenta e oito anos de honra, mais bem antes você se foi marcando a minha vida, minha infância.
Aonde quer que estejas espero que possa me ver, te pesso a bênção meu João.
Nunca vou te esquecer.
E se algum dia voltar a nos vermos me beije a testa.



Da neta que te adora.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Tragetória do poeta


Era sobretudo o amor, 
Sua vida era impulsionada a respiração de uma mulher,
Deixou que seus passos fossem guiados traçando seu destino em meio ao incerto, 
Se agarrava as lembranças,
Fez das paredes sua paisagem e dos versos seu espelho.
A admirava e fazia dela a deusa de seus textos,
Em tudo havia canção,
Idolatrou e amou aquele ser intocável,
Constantemente a fitava como se fosse a ultima vez que a visse,
Não a tinha mais tinha medo de perde-la,
Até que um dia a musica não mais tocou, no calor se fez o frio, até o ar lhe pareceu solido.
Ela o amava mais ela partiu,
E de repente tudo se foi,
excepto a saudade do sorriso mais lindo que já viu,
O amável escritor andou se perdendo em meio a linhas falando das mortes que não teve e dos pulsos que não cortou.
Anos se passaram...
O tempo foi deixando suas marcas e a velhice deu sinal, agora cansado, casado com uma senhora gentil ao lado de seus filhos e netos, sua família.
Mais nunca esqueceu a musa de sua juventude,
a que em sua memoria estará sempre jovem,
a que foi o brilho de seus olhos.
E ele é o velho poeta, que  para sempre vai ser lembrado.





 

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Viagem ao passado


Flores no jardim,
Duas caixinhas de segredos,
uma cheia de papeis, outra cheia de saudades.
Quantos textos, quantas risadas,
Chão frio, senti-se o vento, relembram bons momentos,
Olham pro céu, nuvens quase impercebíveis , afinal tudo era tão azul.
emaranhado de sonhos, tudo tão singelo, tão secreto.
Beijo numa flor do meu jardim
Dia feliz. 






Ele


Me completa,
Alguns olhares se cruzaram com o meu, mais só o dele foi capaz de enfrentar-me ,
Muitas mãos puseram-se sobre a minha, mais foi as dele que se entrelaçou.
Veio da sabedoria do destino,
com cede de desvendar meus segredos,
O Amo e quando dou por mim estou o amando mais.
sem ele até meu sorriso sai pela metade.





Pensamento


O mundo é apenas uma esfera de necessidade,
se relembrarmos o passado,
o revivemos por um momento,
um instante, um segundo até, 
mesmo não faltando nada,
é saber que pra chegar no primeiro lugar passou por uma estrada onde teve o risco de ser desclassificado,
aonde havia pessoas semelhantes ou tão capazes quanto.
E se falta-se algo hoje,
não seria o passado que o cobriria,
sim a necessidade do presente, de alegria imediata,
ânsia do futuro, desejando que tal fosse mais bonito.
Não quero meu passado de volta (as vezes talvez),
só não conseguiria esquece-lo pois foi bela parte de mim,
talvez fale tanto dele porque não o tenho e amanhã certamente escreverei sobre hoje,
porque o passado é concreto apenas o descrevo, 
e o futuro incerto então o imagino.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Apenas hoje...



Culta mulher,
queria se embriagar,
falar coisas que só os bêbados tem ousadia,
desabafar prós céus, gritar nas ruas, 
cambalear numa pista e se sentir segura,
chorar e rir ao mesmo tempo,
descer do salto,
dançar a toa,
dizer o que odeia a quem odeia,
beijar a boca que anseia,
abraçar tantos corpos,
jogar o ultimo copo pra cima,
-lo quebrar,
deitar no chão,
encostar numa parede, 
por fim adormecer.

Tomando seu chá na sala de jantar, se pergunta se pra fazer isso é preciso beber?
chorando ela mesmo responde:
É preciso coragem.

E que eu possa me perdoar...



Estou declarando a nescecidade de mim,
do meu eu que já nem grita, da minha capacidade que se isola,
do meu ego engrandecido, da minha alma inofensiva,
do meu mundo singular,
Assumindo sim, dependência das meus mimos do meu cheiro de meus livros, do meu olhar mais feliz, aquele que encontrei uma dia desses em um velho retrato preto e branco que de tão velho já rasgou.
O vazio que fez-se em mim, não foi ninguém que provocou foi apenas minha presença se ausenciando deixando a porta aberta e o frio entrar.
sinto meus olhos se encharcarem de lágrimas ao ver alguns sonhos escapando por minhas mãos, estes olhos castanhos ficam a fitar minha pela amarela, de tanta descepção eles fecham, e optam o escuro.
Enfim, um anjo que ainda não saber usar as asas,
Fico então nessa visível agonia,
inquieta de poder tocar-me e não prender,
Sinto fome de mim.

Apenas uma garotinha.

Noturno



O aço dos meus olhos
E o fel das minhas palavras
Acalmaram meu silêncio
Mas deixaram suas marcas...

Se hoje sou deserto
É que eu não sabia
Que as flores com o tempo
Perdem a força
E a ventania
Vem mais forte...

Hoje só acredito
No pulsar das minhas veias
E aquela luz que havia
Em cada ponto de partida
Há muito me deixou
Há muito me deixou...

Ai, Coração alado
Desfolharei meus olhos
Nesse escuro véu
Não acredito mais
No fogo ingênuo, da paixão
São tantas ilusões
Perdidas na lembrança...

Nessa estrada
Só quem pode me seguir
Sou eu!
Sou eu! Sou eu!...

Hoje só acredito
No pulsar das minhas veias
E aquela luz que havia
Em cada ponto de partida
Há muito me deixou
Há muito me deixou...

Ai, Coração alado
Desfolharei meus olhos
Nesse escuro véu
Não acredito mais
No fogo ingênuo, da paixão
São tantas ilusões
Perdidas na lembrança...

Nessa estrada
Só quem pode me seguir
Sou eu!
Sou eu! Sou eu! Sou eu!...

Ai, Coração alado
Desfolharei meus olhos
Nesse escuro véu
Não acredito mais
No fôgo ingênuo, da paixão
São tantas ilusões
Perdidas na lembrança...

Nessa estrada
Só quem pode me seguir
Sou eu!
Sou eu! Sou eu! Sou eu!...


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