sábado, 29 de maio de 2010

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ruínas




Menina, detida entre suas humildes paredes. Quiseram tira-la de lá, assim fizeram. Mostrando-a um Castelo onde a liberdade faz parte de tudo, em fotos coloridas: retratavam ilusões. Canções repetidas, consideração, trechos de textos, entre linhas e sonhos tudo era cenário, arte, dom.
Destruíram esse mundo. Enquanto corriam com suas dores, resgatando seus devaneios... A pobre menina chorava entre ruínas. Pensou em correr, mas não havia quem a acompanhasse,viu-se só. Ficou presa entre os escombros, olhou pros lados e sentiu saudades de seus companheiros, até perceber que quem nunca a deixou foi sua fé, suas crenças.
Seu corpo delicado ainda esta ferido, há cicatrizes por todos os lados, hoje não precisa que a ajudem a levantar, ela já sabe se por de pé... Apenas não a toquem, ainda dói.

domingo, 4 de abril de 2010

Mestre.



A quem te faz bem, joga as pedras.
A quem queres bem, há abraços.
Trai tuas próprias palavras, teus atos sempre a te contradizer,
Você tem o poder de julgar, os servos a obrigação de perdoar.
As boas coisas por ti doadas são perfeitas.
O que te oferecem: é pouco.
Ganhas o mundo, perdes o pódio.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Cat.



Outros por encontrar nela fragilidade, queriam carregá-la nos braços. Ele confiou em sua força e a ensinou a andar com próprias pernas, disse-lhe que estaria do seu lado e soltou-lhe as mãos até que ela mesma se pôs de pé... Foi daí que começou seus primeiros passos e hoje correm juntos: lado a lado... Sabe-se apenas que o deixa livre, mas o quer entre os braços.
Foi ao lado dele que se tornou mais forte.

sábado, 27 de março de 2010

Verdades em linhas.



Desculpa, mas tenho tido dias estressantes. Minha vida tem andado de ponta a cabeça, vivo rodeada de pessoas falsas e meu humilde trabalho é um jogo de interesses. Sei que tem seus problemas, mas, acredite também tenho os meus... Muita coisa mudou, quando dou por mim minha roupa preferida já não me cabe mais, as musicas que costumava ouvir já não me dão tanto prazer, meus livros antes me serviam de refugio desse mundo de loucos, hoje o tempo tem me aprisionado, roubando-me coisas que considero primordiais.
Mudei. Não quis mudar, mas mudei... Fato. Não sei exatamente onde tudo começou, as percas me deixaram um vazio enorme e fui à busca de liberdade e tentando me ocupar com coisas vans, tornei-me o que sou hoje, às vezes surpreendo-me com a frieza de meus olhos: castanhos cruéis... Mas, ainda assim brilham.
Sinto muito, por tudo. A menina criada em rígidos princípios éticos, tornou-se uma adolescente inconstante, imprevisível; vou seguindo minha vida, lutando pelos meus ideais até que essa vontade de ir embora se aquiete e algo feliz me preencha todas as lacunas.
Perdoe-me por viver. Amo-te.


A aprendiza, prestes a dar seu vôo mais alto.
Talvez sua maior queda... Certamente seu melhor vôo.
Prefere morrer embalada na poeira, a não poder cantar.
Em breve: Ares novos.
(Positividade)

Manequim

Linda, entre suas vidraças.
Ele. Olhou-a firme, mas fingiu que não viu.
Admirou sua beleza, mas não a tocara.
Em seus passos firmes, segue.
Para diante de suas dúvidas,
Corre mediante as suas fraquezas.
Ela. Inerte boneca, com seus olhos de vidro,
Em seu vestido de brim, nas luzes apagadas de uma vitrine.

quarta-feira, 17 de março de 2010


Pequena aprendiza passeia entre arvores e redemoinhos voando cada vez mas alto, caindo cada vez menos, sonhando cada vez mais... já não voa mas em bando, prefere enfrentar os ares sozinha ou ao lado de um aventureiro pássaro.
Quantos caminhos percorridos? Quantos deixou de traçar? Não se sabe.
Nessa inconstância segue sua vida, mas nunca se esquecera de quem lhe mostrara as asas.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Aquilo Que Era Mulher


Aquilo que era mulher
Pra não te acordar cedo, saia da cama na ponta do pé
Só te chamava tarde sabia teu gosto, na bandeja café
Chocolate, biscoito, salada de fruta.....suco de mamão
No almoço era filé mignom
Com arroz a lá grega, batata corada um vinho do bom...

(Zeca Pagodinho)

domingo, 7 de março de 2010




Movida por impulso, corria em busca daquele abraço, as pernas o prenderam a cintura, seus braços o abraçavam sem dó, entre beijos e rodopios... Até restar duas mãos entrelaçadas.

sábado, 6 de março de 2010

Nostalgia de uma menina.



Descalça, em frente a sua morada.
Brincava no jardim em busca das borboletas,
Tinha nos olhos um brilho, e entre seus braços uma boneca,
Seu corpo esguio prestes a crescer,
Seus cabelos esvoaçando contra o vento,
O som de sua risada ecoava entre os vãos daquela casa.
As paredes eram: enormes, frias e incontestáveis...
Dócil menina... Tão bela com sua ingenuidade.
Corajosa. Quis crescer, enfrentar o mundo...
Mas, a "pequena" era tão frágil, e o mundo tão grande.
O tempo teimou em correr,
E a menina acompanhou seus passos.
Notou-se grande demais pra sua camisa preferida,
E o belo sapato que lhe presentearam já não lhe cabe mais.
Desafiando o mundo, entre passos e quedas...
Tornou-se mulher... Quis ser menina.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Papo em dia.

O sol me vê pelas brechas das telhas,
O vento insiste em entrar pelas frestas da janela,
O gato do vizinho persiste em arranhar a porta na tentativa inútil de entrar,
O telefone toca repetitivamente,
Não os atendo.
Possuo uma listagem de assuntos pra estudar e nem um pingo de coragem,
Chega uma inconveniente colega de trabalho e rouba metade do meu tempo com coisas praticamente desnecessárias,
Despeço-me dela com grande ânsia.
Volto pra cadeira,
Comecei a ler uma das apostilas e de algum modo mágico, assimilei o assunto... Utilizando minha vontade de gerar lucros como impulso.
Após tantos números e letras, deixo-me levar por vãos pensamentos: tão fortes, tão meu.
No embaralho deles... Lembrei-me de uma conversa com minha amiga “tal”, perguntou-me o porquê não falo de amor, de sentimentos...
Repliquei com um sorriso sínico e necessário:
Estou bem. Obrigado.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

“O ciúme mata,
A dependência escraviza,
A paixão ilude,
O amor constrói,
A amizade fortalece... “

Gostava Tanto de Você


Composição: Édson Trindade

Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...
Você marcou na minha vida
Viveu, morreu
Na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate...
E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...
Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver prá não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...
E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...


quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Reorganização


Odeio renuncias... E elas não deixarão de existir por isso, então... Faço minhas escolhas.

Somos Jovens



Ainda é cedo pra acender um cigarro e dizer que é tarde demais, é cedo pra monotonia, ainda é cedo pra derradeira cerveja, é cedo pra remoer a dor que se viveu há pouco tempo... Deve-se criar, agir, evoluir. Ainda é cedo pra se tornar escravo do tempo...
E se algum dia o mestre tempo, aprisionar-me em dias fúteis, me arrastando consigo até a morte, lembrarei do cigarro que não acendi, da monotonia que não aceitei, da cerveja que não fiz ser a ultima, de ter relembrado sem ter remorsos... Terei orgulho de mim.
E quando mas tarde a morte me beijar a face, sentirei pela ultima vez que ainda é cedo.