sábado, 27 de março de 2010

Verdades em linhas.



Desculpa, mas tenho tido dias estressantes. Minha vida tem andado de ponta a cabeça, vivo rodeada de pessoas falsas e meu humilde trabalho é um jogo de interesses. Sei que tem seus problemas, mas, acredite também tenho os meus... Muita coisa mudou, quando dou por mim minha roupa preferida já não me cabe mais, as musicas que costumava ouvir já não me dão tanto prazer, meus livros antes me serviam de refugio desse mundo de loucos, hoje o tempo tem me aprisionado, roubando-me coisas que considero primordiais.
Mudei. Não quis mudar, mas mudei... Fato. Não sei exatamente onde tudo começou, as percas me deixaram um vazio enorme e fui à busca de liberdade e tentando me ocupar com coisas vans, tornei-me o que sou hoje, às vezes surpreendo-me com a frieza de meus olhos: castanhos cruéis... Mas, ainda assim brilham.
Sinto muito, por tudo. A menina criada em rígidos princípios éticos, tornou-se uma adolescente inconstante, imprevisível; vou seguindo minha vida, lutando pelos meus ideais até que essa vontade de ir embora se aquiete e algo feliz me preencha todas as lacunas.
Perdoe-me por viver. Amo-te.


A aprendiza, prestes a dar seu vôo mais alto.
Talvez sua maior queda... Certamente seu melhor vôo.
Prefere morrer embalada na poeira, a não poder cantar.
Em breve: Ares novos.
(Positividade)

Manequim

Linda, entre suas vidraças.
Ele. Olhou-a firme, mas fingiu que não viu.
Admirou sua beleza, mas não a tocara.
Em seus passos firmes, segue.
Para diante de suas dúvidas,
Corre mediante as suas fraquezas.
Ela. Inerte boneca, com seus olhos de vidro,
Em seu vestido de brim, nas luzes apagadas de uma vitrine.

quarta-feira, 17 de março de 2010


Pequena aprendiza passeia entre arvores e redemoinhos voando cada vez mas alto, caindo cada vez menos, sonhando cada vez mais... já não voa mas em bando, prefere enfrentar os ares sozinha ou ao lado de um aventureiro pássaro.
Quantos caminhos percorridos? Quantos deixou de traçar? Não se sabe.
Nessa inconstância segue sua vida, mas nunca se esquecera de quem lhe mostrara as asas.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Aquilo Que Era Mulher


Aquilo que era mulher
Pra não te acordar cedo, saia da cama na ponta do pé
Só te chamava tarde sabia teu gosto, na bandeja café
Chocolate, biscoito, salada de fruta.....suco de mamão
No almoço era filé mignom
Com arroz a lá grega, batata corada um vinho do bom...

(Zeca Pagodinho)

domingo, 7 de março de 2010




Movida por impulso, corria em busca daquele abraço, as pernas o prenderam a cintura, seus braços o abraçavam sem dó, entre beijos e rodopios... Até restar duas mãos entrelaçadas.

sábado, 6 de março de 2010

Nostalgia de uma menina.



Descalça, em frente a sua morada.
Brincava no jardim em busca das borboletas,
Tinha nos olhos um brilho, e entre seus braços uma boneca,
Seu corpo esguio prestes a crescer,
Seus cabelos esvoaçando contra o vento,
O som de sua risada ecoava entre os vãos daquela casa.
As paredes eram: enormes, frias e incontestáveis...
Dócil menina... Tão bela com sua ingenuidade.
Corajosa. Quis crescer, enfrentar o mundo...
Mas, a "pequena" era tão frágil, e o mundo tão grande.
O tempo teimou em correr,
E a menina acompanhou seus passos.
Notou-se grande demais pra sua camisa preferida,
E o belo sapato que lhe presentearam já não lhe cabe mais.
Desafiando o mundo, entre passos e quedas...
Tornou-se mulher... Quis ser menina.