Quero cantar minha vida,
Debruçar-me sobre um violão,
Expressar minha emoção numa melodia de sintaxe perfeita,
Com palavras delicadas e precisas.
Encobrir um nervosismo aparente, no dedilhar das cordas,
Num palco de luz focalizada, tornar-me o sentido poético e inspirador da canção,
Criando um contraste encantador entre o ritmo e a imagem.
Sem ensaios nem gestos decorados,
Agir naturalmente, como se troca-se a roupa,
Fugindo de cenas esperadas.
Expor-me sem dó, ponderando os versos para que não me precipite,
Envolvendo a platéia com um sorriso descontraído,
Mesmo estando um tanto tensa.
Deixando-os verem através de meus olhos, um ser reluzente.
Sendo a musica, eu e a poesia, apenas um.
Poder envolver a muitos, emocioná-los,
Sem que me acompanhe vozes, flautas ou bandolins,
Enfim, curvar-me, arrancando aplausos da platéia.
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