domingo, 25 de janeiro de 2009


Estava eu na praia, em meio a meus pensamentos, sentido o vento, apreciando a beleza do mar, quando de repente...
Um homem jovem de porte atlético e óculos escuro, gritava loucamente:
Malu, Malu, Malu(...) e repetitiva mente, como se só fosse capaz de pronuciar esse nome.
Malu é a filha dele que no momento havia se perdido em meio a maresia, então deu uma pausa em seus gritos, sabiamente começou a perguntar de mesa em mesa se alguém tinha visto, uma menina magra de uns sete anos , cabelo liso curto, porem suas palavras se embaralhavam como se a visse mais tal fosse indiscritível.
Pude ver nos olhos dele o desespero que se escondia atrás daquele visor escuro, Jovem tão forte aparentemente, o vi tão frágil,  era como se perder a filha fosse perder as forças.
E andava em círculos, não a encontrava, insistida mente o tom de sua voz aumentava, a mansidão do mar lhe saia como uma agitação nas águas, como se o som delas batendo nas pedras atingisse seus ouvidos.
O silencio se fez quando ouviu um som ainda distante, da voz de uma menina que dizia: "papai" e repetia tanto quanto ele como se na verdade fosse ela que o tivesse perdido. 
E como em uma cena de novela das oito, o pai corria em direcção a filha se driblando das mesas e cadeiras no caminho, Malu paralisou por alguns instantes e seus braços abriam-se lentamente na tentativa de agarra lo com todas as forças, o homem não se contentou em vê-la, precisava toca-la,correu e enfim a tinha nos braços, as pernas de Malu abraçaram a cintura de seu pai e as mãos ainda pequenas sustentavam seus ombros, a sua boca encostada em um dos ouvidos dele, falava sem parar, seus lábios moviam-se ainda num jeito desesperador, o pai com um ar de alivio replicava todo que Malu dizia,mais agora ninguém ouvia mais nada a conversa foi só deles, e desde então é segredo.
Sentia-se protegida nos braços forte do pai, não sabendo ela que os pequeninos braços dela protegiam aquele herói.

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